Celebrando a amizade e o dom que Deus nos deu!

Bem Vindo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Homenagem a um quase desconhecido

Mesmo com traços delicados e olhos claros, ainda não era bonito, seu olhar, os dentes para frente e a atrofia em um de seus braços e em uma de suas pernas, que já denunciavam alguma deficiência motora. Lembro que quando éramos crianças, ou pré-adolescentes, algo me foi explicado neste sentido, acho que era paralisia cerebral, não que isso o atrapalhasse, não mesmo...

Ele jogava bola conosco, não me lembro do seu nome, era ligeiro. Para driblar as limitações tocava a bola de maneira rápida e certeira, seus colegas o tratavam, e ainda o fazem, com muito carinho, nada em excesso, não é caridade, é uma normal simpatia e carisma.

Depois de algum tempo resolvi, racionalmente, ficar mais recluso, sempre preocupado com meu futuro, voltei-me para dentro de mim,  para os estudos e não tenho do que reclamar, mas perdi contato... Voltando a história do rapaz, não é que me surpreendo com a presença dele na mesma universidade que eu, ele cursava direito, e eu jornalismo. Esta nova etapa na vida dele, me fazia pensar na minha, será que eu cursaria uma faculdade com tais limitações?

Sou reclamão, mal humorado, mas aprendo muito com a observação, aprendo mais assim que em toda a minha vida acadêmica, parece que a graduação e o  mestrado me serviram para dar nome as coisas e sensações que já me foram ensinadas... No final do meu curso, andando pela rua de minha vila, o vi novamente, passou ligeiro dirigindo um uno vinho, ou seja, agora, de alguma forma, ele dirigia, ia para a Universidade de carro, na mesma velocidade que passava pelas ruas e esquinas, ultrapassava as dificuldades sem as enxergar. 

Bom, chegamos ao fim deste texto, mas não ao último capitulo desta história de sucesso. Há um mês  o vi acompanhado de uma jovem entrando na academia onde freqüento, simpático, mancava levemente, imperceptíveis  dificuldades não o impediam de realizar os exercícios, terminado, sorriu aos amigos, fechou a cara aos desconhecidos, se despediu da recepcionista e foi embora... você ia comentar de algum problema seu? Qual era mesmo? Esqueceu? Tudo bem, hoje eu também esqueci de alguns...

Pael

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Caos na segurança pública de Mato Grosso do Sul, o Estado do Pantanal

Qual governador faria propaganda de compra de viaturas e falaria que está priorizando a segurança pública da população em época de operação tartaruga dos policiais e assalto a casa do prefeito da Capital? Você acredita que isso é pouco provável? Isso acontece em Mato Grosso do Sul.

O prefeito de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Nelson Trad Filho teve sua casa invadida, sofreu violência e teve objetos roubados. A intenção de escrever um texto sobre a segurança pública do Estado surgiu na semana passada, pois a filha de uma amiga de minha família desapareceu durante alguns dias, mobilizamos pessoas e veículos de comunicação, só não conseguimos mobilizar a polícia, pois o argumenta era que “apenas começariam a investigar na segunda-feira” depois do acontecido, a menina sumiu na quinta-feira, fomos à polícia no sábado, relatamos os detalhes e os investigadores afirmaram que as providencias seriam tomadas no próximo dia útil.

A intenção era com este texto fazer um convite aos bandidos, cometam crimes no final de semana, pois a polícia apenas vai começar a investigar na segunda, porém, não posso ser irresponsável com os meliantes, pois os crimes podem ser evitados, daí não confiro êxito em suas ações, ainda mais com as freqüentes propagandas publicitárias em televisão de nosso governador afirmando que “segurança para o próximo é prioridade”, além de exibir os investimentos em veículos...

Logo, para me confortar no intento de convidar os bandidos para um arrastão, a casa do prefeito da Capital é assaltado, o mesmo é agredido e jóias são levadas, ou seja, nem na residência da principal autoridade do executivo municipal existe segurança. Mas ainda não me sentia absolutamente tranqüilo para agendar as operações da bandidagem, pois confio em grande parte dos valorosos homens e mulheres, trabalhadores com a função de nos emprestar atenção no que tange a segurança.

Quando fico sabendo que, por dificuldade de diálogo com o Governador, a polícia de Mato Grosso do Sul está em operação tartaruga, ou seja, está trabalhando de forma morosa, portanto, agora sim, ninguém me segura para convocar uma onda de insegurança no Estado para os finais de semana, sem distinção de raça, credo e principalmente posição social, pois os criminosos apenas terão que se preocupar com algum tipo de ação policial, lá por segunda-feira, com a operação tartaruga, acredito que até terça estará tudo tranquilo.

Pael


 

Começando, uma nuance de educação...

Para começar a postar eu pensei em escrever sobre algo marcante, ou então algo polêmico, mas acho melhor escrever sobre uma situação corriqueira que me intrigou hoje. Escrever sobre algo normal e começar a postar como se já fizesse isso neste espaço há muito tempo, pois foi desta forma que nossa amizade começou.

Parecia que nós três nos conhecíamos há muitos anos. Não foi um momento marcante. Começou simples, aparentemente normal, sem um grande cisma originador de continentes. Foi apenas como um raiar do sol. Tão normal e comum que a gente nem se dá conta da dádiva que é mais um dia em nossa vida.

Como um dia que nasceu sem que percebêssemos, assim foi o inicio da “confraria do tripé”.

E o assunto que trato é no mínimo intrigante. Vamos a ele.

Toda vez que ando no centro da cidade (estou em Campo Grande-MS/Brasil), tenho vivo na memória uma cena aterrorizante: um homem, cego, sendo atropelado por um motorista descuidado, que o arremessou a metros e o jogou inconscientes e sangrando no chão. Aquilo foi chocante e triste.

Hoje novamente isso quase aconteceu.

Mas antes, quero contar que ontem assistindo a uma reportagem na TV descobri que no Principado de Mônaco, não existem semáforos para pedestres, pois eles sempre têm preferência no trânsito. A simples menção de atravessar a rua é suficiente para o motorista brecar seu veículo e dar passagem. Um exemplar gesto de gentileza e educação.

Há alguns meses estive em Brasília-DF/Brasil com o Pael, e lá é parecido com Mônaco. Os pedestres precisam apenas gesticular com uma das mãos (assim como fazemos sinal para o ônibus parar no ponto) para que o motorista pare. Isso onde não existe sinal de trânsito. Um belo começo de educação. Não é em qualquer lugar, mas já existe em muitos lugares da cidade, e também em outras cidades (vi isso em Florianópolis também).

Mas, e Campo Grande, ah Campo Grande. Além de termos um dos piores asfaltos do país, em nada nosso motorista é educado, gentil, cortez ou prudente.

Hoje eu estava parado com meu carro num semáforo na mesma rua onde vi o homem cego ser atropelado, apenas alguns quarteirões abaixo deste acontecido, quando um sujeito começar a atravessar a via no exato momento em que o sinal ficava verde para os carros. Foi buzina pra todo lado, motoqueiro desviando dele, carro parando em cima, motorista xingando e o cidadão alheio a tudo isso terminou tranquilamente seu curto, porém perigoso, trajeto.

É fato que somos um Estado (Mato Grosso do Sul) agropecuário, mas isso não limita nossa possibilidade de educação. Ainda hoje vi dois acidentes de carro no centro da cidade. E quase sempre eles são evitáveis, frutos de falhas humanas (displicência, imperícia ou imprudência). Confesso que já fui um campo-grandense típico no trânsito. Corria, furava sinal, jogava papel pela janela, fechava motoqueiros e não me desculpava, a preferência sempre era minha, depois do pedestre.

Todavia, um pouco de conselhos e aprendizado me deixaram um cidadão um tanto quanto mais educado.

A começar no trânsito, todos podíamos ser um pouco mais educados. Afinal de contas: educação nunca fez mal a ninguém!

Doulos, L.M

A Verdade sobre os Impostos e sobre Você

Por um Estado cada vez maior

             Antes de qualquer coisa quero advertir o leitor sobre as espectativas  do já iniciado texto: não pense que encontrará aqui alguma formula matemática de saber o quanto você paga de imposto ao comprar seu carro novo, o seu cigarro, a sua cerveja, ou até mesmo o que já fica retido na fonte, pelo contrário, este texto é um manifesto em favor dos 36% do Produto Interno Bruto (soma de todas as riquezas produzidas no país) que é pago ao governo por meio dessas modalidades de cobranças. 

            De tempos em tempos as federações das industrias, empresários e ricos brasileiros utilizam os meios de comunicação para convencer as camadas mais populares da população a se posicionarem contrárias ao pagamento de impostos, e pior, por vezes conseguem, já presenciei pessoas sem nenhuma movimentação bancária fazerem discursos inflamados contra a saudosa CPMF, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, ou seja, cidadãos que apenas iriam se beneficiar com os R$ 400 bilhões a serviço de investimentos em saúde pública, além de fornecer um poderoso instrumento para investigações de sonegações fiscais.

             Grande parte dos tributos brasileiros são retidos na fonte, logo os contribuintes nem sentem este pagamento, e este valor vai para  investimentos públicos, escolas, hospitais, delegacias. O interessante é que quem a prega a diminuição de cobranças governamentais é justamente quem não precisa de escolas, hospitais públicos, e que paga segurança privada, então a quem interessa diminuir a possibilidade do Estado de atender a grande maioria da população? Por que você defende diminuição de impostos que, ora você nem paga, ora nem sabe que paga? Acreditar que lutar para diminuir impostos beneficiaria uma maioria, é uma ideologia da minoria dominante, como são todas as ideologias.

             Prego aqui algo polêmico, a criação de novos impostos, semelhante a CPMF, que mexa no bolso de realmente quem tem grana, como por exemplo, um que recolha sobre grandes fortunas, como já acontece nos Estados Unidos, e outro sobre heranças, outro bom exemplo americano, dinheiro a serviço do bem público. Mas apenas mais impostos não basta...

             Ai que entra a verdadeira luta, existem instrumentos, e o Ministério Público é um deles, para que nós cumpramos nosso verdadeiro papel, cobrar a aplicação desses recursos, com menos burocracia e mais eficiência, com a participação popular, com resultado, isso sim é servir ao interesse público. 

Pael